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O papel do médico no tratamento de alergias alimentares

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O papel do médico no tratamento de alergias alimentares

As alergias alimentares são uma resposta do sistema imunológico do organismo ao ingerir ou entrar em contato com determinados alimentos.

O número de casos de alergias alimentares vêm crescendo nas últimas décadas, tornando-se um assunto importante a ser estudado. Quer entender mais sobre o assunto? Então continue a leitura!

Prevalência das alergias alimentares

Estima-se que em todo o mundo cerca de 10% da população mundial tenha algum tipo de alergia alimentar. A prevalência em crianças é maior que em adultos, sendo um quadro comum em 6% das crianças menores de três anos.

Já entre os adultos, o número cai para 3,5% da população mundial. Porém, os casos de alergias alimentares vêm aumentando nos últimos 30 anos.

A escassez de informação e a falta de dados mais precisos dificultam uma avaliação mais fidedigna da realidade brasileira.

Segundo o Consenso Brasileiro Sobre Alergia Alimentar (2018), as proteínas do leite de vaca (2,2%) estão entre as principais causas de alergia no país. O estudo foi realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Principais causas de alergias alimentares

A reação adversa do organismo a determinados alimentos pode causar inúmeros sintomas para um indivíduo. Os sintomas são mais comuns em bebês e crianças, porém vale lembrar que os sinais podem surgir em qualquer idade.

Inclusive, o indivíduo pode desenvolver alergia a algum alimento, mesmo possuindo o hábito de consumi-lo regularmente.

Há níveis diferentes de alergias alimentares, uns menos e outros mais preocupantes para a saúde. Desde uma simples coceira na boca ou pele, até crises respiratórias e quadros mais graves que apresentam risco à vida.

A ingestão de determinados alimentos ou sua manipulação (contato manual) estão entre as ocorrências mais comuns.

Os principais alimentos causadores de alergias são:

  • Leite de vaca;
  • Peixes e frutos do mar;
  • Amendoim e oleaginosas;
  • Ovo;
  • Trigo;
  • Soja.

Vamos falar mais sobre cada um deles abaixo. Continue a leitura para conferir.

Leite de vaca

A alergia provocada pelo leite de vaca é uma das mais comuns, e costumam aparecer no primeiro ano de vida. Os sintomas são: diarreia, dores abdominais (estômago), vômitos e coceiras.

A recomendação é a suspensão do consumo de leite de vaca e outros animais, como cabras e ovelhas, inclusive em sua forma de pó.

Peixes e frutos do mar

Alimentos como mariscos, crustáceos e moluscos estão entre aqueles que provocam as alergias alimentares mais perigosas.

A ingestão de camarão, lagosta ou mexilhões pode provocar vômitos, diarreia, coceira na pele e dificuldade para engolir. Entretanto, outros sintomas mais preocupantes também estão na lista, como confusão mental, pulso fraco e até mesmo a morte.

O consumo destes alimentos deve ser excluído completamente das refeições de indivíduos que apresentem episódios de alergia.

Já em relação aos peixes, a rejeição do organismo por este alimento ocorre, normalmente, na fase adulta da vida. Também é importante lembrar que o indivíduo não irá necessariamente desenvolver alergias a frutos do mar.

Amendoim e oleaginosas

Surgimento de manchas vermelhas aliadas à coceira na pele, formigamento na garganta e boca inchada são alguns dos sintomas causados pela alergia ao amendoim. Além destes, nariz escorrendo ou congestionado e, em alguns casos, náuseas também podem surgir como sinais.

Além do consumo in natura, todas as formas de consumo, incluindo alimentos que têm amendoim na composição, devem ser excluídos. É importante ler os rótulos dos alimentos para verificar se há ou não a presença de amendoim nos produtos.

Atenção especial deve ser dada à anafilaxia que pode ser provocada pela alergia ao amendoim. O quadro é uma hipersensibilidade aguda que gera dificuldade respiratória, choque hemorrágico, e pode, inclusive, levar à morte.

Assim como o amendoim, outras sementes oleaginosas também podem causar alergias alimentares. Os sintomas de quem ingere amêndoas, avelãs, castanha do pará e de caju são parecidos com quem possui alergia a amendoim. A suspensão destes alimentos da dieta, inclusive como componente de outros produtos, também deve ser realizada.

Alergias alimentares a ovo

A alergia ao ovo pode ocorrer tanto na infância quanto na vida adulta, e a recomendação é a sua retirada da alimentação.

Importante destacar que muitas receitas são feitas à base de ovo, ou possuem a clara ou a gema entre os ingredientes.

Entre os sintomas mais comuns está a coceira na pele, acompanhada de caroços vermelhos. Além disso, problemas respiratórios e dor de estômago também podem aparecer em quem possui alergia a ovo.

Trigo

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O trigo também pode causar alergia em homens e mulheres de todas as idades.

O consumo do trigo está muito associado à farinha, sendo base para diversos produtos, como bolos, tortas e pães. A substituição deste ingrediente pode ocorrer utilizando amaranto, milho, aveia, quinoa, arroz e tapioca.

Os sintomas mais comuns em quem tem alergia ao trigo são náuseas, vômitos, diarreia e dor de cabeça. Dificuldade de respirar também pode ser, em alguns casos, um indício do quadro.

Soja

A soja também é um alimento alérgeno, que causa vermelhidão e coceira no corpo e na boca, náuseas, vômitos, diarreia e congestionamento nasal.

Apesar de não ser um alimento comumente ingerido em grãos, a soja está presente na composição de diversos outros produtos. A recomendação é a sua retirada da dieta de quem tem alergia a este alimento.

O diagnóstico médico para alergias alimentares

A procura por um médico especialista em alergia é recomendada para quem deseja um diagnóstico mais preciso.

Apesar disso, muitas pessoas procuram outros médicos para determinar se possuem ou não alguma alergia alimentar. São profissionais como clínicos gerais, pediatras e dermatologistas, por exemplo, que muitas vezes já acompanham o paciente.

Sendo assim, além de alergologistas, é fundamental que profissionais de outras áreas também conheçam sobre o assunto. Isso porque, em muitos casos, o paciente prefere manter o atendimento ou tratamento com seu médico de confiança.

Além disso, quando os primeiros sintomas aparecem, é costume a busca por um clínico geral, por exemplo. Dificilmente alguém identifica uma alergia ao sentir dores no estômago ou enjôos.

Então, a busca por um profissional de saúde dá início, e nem sempre é em direção ao especialista em alergias. Inclusive porque o diagnóstico pode determinar a existência de alergias alimentares apenas após realização de exames. Esses exames irão detectar a resistência do organismo em aceitar esses alimentos, ou a reação adversa do corpo para determinados alimentos.

Há também a necessidade de o profissional estar preparado para atender casos específicos de crises alérgicas. Sendo assim, é imprescindível que o médico, alergologista ou não, esteja sempre apto para reconhecer uma crise alérgica.

A depender do potencial da crise, o preparo do profissional pode ser fundamental para salvar uma vida. O papel do médico é fator vital em casos como estes, e o conhecimento acerca do assunto torna-se indispensável.

Curso Imersão em Alergia Alimentar

Reconhecendo a importância do tema para profissionais de saúde de todas as áreas, a Mediflix disponibilizou um curso específico sobre o assunto.

O curso Imersão em Alergia Alimentar trará todas as informações básicas necessárias para quem deseja conhecer mais sobre alergia alimentar.

São três palestras, com duração aproximada de 2 horas, com especialistas alergologistas.

Na primeira aula, com o Dr. Fábio Castro, você terá o módulo Introdução a alergia molecular geral, importância dos componentes de alérgenos. As aulas trazem informações sobre:

  • Alérgenos: o número de alérgenos que vem aumentando. Por quê? 
  • Especificidade diagnóstica (etiologia, gravidade, evolução e reatividade cruzada).
  • O que é alergologia molecular? 
  • Função dos métodos de detecção de IgE específica em Alergia: identificar a sensibilização 
  • Diagnóstico por componentes (component-resolved Diagnosis – CRD). Doença celíaca e alergia ao trigo

A segunda palestra é com o Dr. Ricardo Katsuya Toma, que fala sobre Doença celíaca e alergia ao trigo. Nas aulas, os alunos verão sobre:

  • Reações Adversas ao Glúten 
  • Diagnóstico da Doença Celíaca, que deve ser Correto, Definitivo e Inquestionável. (e as dificuldades do diagnóstico) 
  • A definição da Doença Celíaca e quais são suas manifestações. (HLA DQ2 / DQ8)
  • Sintomas clássicos e sintomas atípicos. 
  • Além disso, as diferentes formas de apresentação clínica (Silenciosa e Potencial)
  • Validation of Morphometric Analysis – O que é e qual a sua importância para o diagnóstico 
  • ESPGHAN: seguir ou não? 

Na terceira e última palestra, a  Dra. Ariana C. Yang fala dos Componentes de alérgenos aplicados a alergia alimentar. Os assuntos abordados serão:

  • Extratos vs Alérgenos Moleculares. 
  • Aplicação Clínica da Medicina Molecular em Alergia alimentar. 
  • Razões para aliar alergia molecular aos métodos diagnósticos de IgE esp. 
  • Quais alérgenos são pouco abundantes/escassos em suas fontes alimentares. 
  • Quais alérgenos estão mais associados a risco de reações graves e outros temas relevantes.

O curso Imersão em Alergia Alimentar é voltado para os mais diversos segmentos da área da saúde.

Especialistas em Alergia e Imunologia, Clínica Médica e Dermatologia estão entre o público-alvo. Além deles, as aulas são recomendadas também para estudantes de Medicina, de Gastroenterologia e de Pediatria.

Este é um curso desenvolvido para você que deseja aumentar e enriquecer seus conhecimentos sobre alergias alimentares. Sendo assim, não deixe de conferir o curso Imersão em Alergia Alimentar no portal da Mediflix.

Para saber mais sobre alergias alimentares, acesse agora mesmo nosso site e faça a sua inscrição.

Comment (1)

  1. […] existam procedimentos experimentais, não há nenhum tipo de indicação médica para urticária e alergia alimentar. Os estudos seguem tentando compreender a influência da vacina de alergia, sem nenhum resultado […]

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