A Ergonomia no Ambiente de Trabalho
9 de março de 2020 2021-04-21 12:32A Ergonomia no Ambiente de Trabalho
A Ergonomia no Ambiente de Trabalho
Veja como evitar LER e outras doenças, a ergonomia no ambiente de trabalho merece muita atenção.
Uma pessoa passa o equivalente a quase um terço do dia em seu emprego ou ocupação. A ergonomia no ambiente de trabalho, é um estudo multidisciplinar que busca promover equilíbrio na interação entre indivíduo e meio ambiente, com o objetivo de tornar a experiência prazerosa e evitar danos à saúde.
Os profissionais especializados na área têm como responsabilidade contribuir para planejar e avaliar tarefas, projetos, ambientes, sistemas, produtos e postos de trabalho, tornando-os compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações de cada pessoa.
Ao engajar-se no assunto, a empresa não só contribui para melhorar o rendimento dos funcionários, mas também proporciona mudanças significativas na qualidade de vida dessas pessoas. Separamos no artigo a seguir algumas informações importantes sobre a ergonomia no ambiente de trabalho e como evitar problemas como a LER (lesão por esforço repetitivo) e outras doenças ocupacionais do trabalho. Confira!
O que é ergonomia no ambiente de trabalho
A ergonomia é o estudo científico das relações entre indivíduo e máquina, que tem como preocupação eficiência e segurança em que os ambos interagem entre si.
A ergonomia no ambiente de trabalho visa desenvolver e aplicar técnicas para que o homem possa se adaptar ao espaço laboral, técnicas estas que sejam eficientes e seguras para desempenhar as atividades do trabalho, buscando otimização do bem-estar, aumentando sua produtividade e eficiência.
É uma ferramenta importante que influencia de forma direta a capacidade produtiva e saúde do trabalhador, dividindo-se em 3 campos: físico (biomecânica da tarefa), cognitivo (aspectos biológicos), e ambiental (organizacional).
Riscos ergonômicos em ambientes de trabalho
Os riscos ergonômicos estão sempre presentes no espaço laboral e identificá-los é o primeiro passo para eliminá-los. Muitas situações reconhecidas como comuns, na realidade, apresentam grandes riscos caso não sejam adequadas à ergonomia no ambiente de trabalho. Confira algumas destas situações.
Repetitividade
A repetição dos movimentos e atividades laborais podem causar o desgaste físico e psicológico dos colaboradores. Lesões e inflamações como tendinite, bursite, lombalgia e dores crônicas podem surgir no sistema musculoesquelético, levando sérias consequências para a qualidade de vida do trabalhador.
Para lidar com esse tipo de problema e evitar danos, é preciso estabelecer pausas frequentes, com pequenos intervalos. Além disso, a ginástica laboral é também uma alternativa efetiva para auxiliar no fortalecimento de músculos e articulações, assim, evitando maiores desgastes.
Postura inadequada
A postura incorreta no ambiente laboral pode ocasionar lesões, enfraquecimento e fadiga, comprometendo o sistema osteomuscular e desencadeando o surgimento de LER/DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Caso a má postura esteja associada à repetitividade, as consequências podem ser ainda piores ao trabalhador.
A ergonomia no ambiente de trabalho preconiza que, em espaços onde é necessário trabalhar sentado, é fundamental que a cadeira dê total sustentação à coluna, garantindo que as pernas fiquem em ângulo de 90º, assim como cotovelos, que ainda devem estar apoiados a mesa.
Caso o trabalhador enfrente a jornada em pé, o ideal é que os móveis sejam configurados em uma altura que atenda às suas necessidades.
Iluminação deficiente
A iluminação inadequada, seja ela excessiva ou insuficiente, é outro risco para desenvolver danos ao bem-estar e saúde do colaborador. Além de problemas de visão, dores de cabeça, estresse, irritação e risco de acidentes são um risco à saúde do indivíduo.
Os parâmetros considerados seguros para o ambiente estabelecem que a iluminação seja planejada de modo que evite reflexos e ofuscamentos no campo de visão do trabalhador, assim como cantos escuros.
Ritmo excessivo e longas jornadas
Mesmo que a carga horária estabelecida seja cumprida, o colaborador pode ter seu ritmo de trabalho intensificado e jornadas ampliadas quando necessário cumprir prazos ou assumir grandes tarefas. Essa situação leva o colaborador ao estresse físico e psicológico, afetando até seu sistema imunológico.
Com a saúde fragilizada, o indivíduo está passível de doenças como ansiedade, depressão, úlceras, gastrites, hipertensão e doenças cardiovasculares, colocando de lado sua própria segurança em ambiente de trabalho. A melhor forma de evitar tais problemas é buscar um ritmo de atividade que não sobrecarregue o colaborador.
Assim como respeitar seu horário de trabalho rigorosamente.
Principais doenças causadas pela inadequação ergonômica no trabalho
Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde, em 2018, apontou que LER/DORT, são os distúrbios que mais afetam os trabalhadores brasileiros. Tais danos são resultantes de movimentação excessiva e repetitiva, sem tempo ideal para recuperação.
Além das citadas, outras das principais doenças que acometem as pessoas por falta de ergonomia no ambiente de trabalho, são:
- Inflamações articulares;
- Dermatose ocupacional;
- Doenças da visão;
- Surdez temporária ou definitiva;
- Antracose pulmonar e bissinose;
- Asma ocupacional;
- Silicose.
Profissões e ambientes propícios para desenvolver doenças ocupacionais
As profissões mais suscetíveis a doenças ocupacionais devido a falta de ergonomia no ambiente de trabalho podem variar, atingindo ambos sexos, e indivíduos de qualquer faixa etária.
Ambientes como bancos, escritórios, carros, cozinhas, comércios, e qualquer outra empresa que submeta o colaborador a longas horas sentado ou em pé, realizando as mesmas tarefas de forma repetida, são os principais com trabalhadores que desenvolvem algum tipo de lesão. Entre as profissões, estão:
- Faxineiros;
- Bancários;
- Secretários;
- Programadores;
- Advogados;
- Músicos;
- Esportistas;
- Digitadores;
- Pintores;
- Motoristas;
- Guardas e seguranças;
- Cozinheiros e garçons;
- Atendentes;
- Carteiros;
- Professores e outros.
Lesão por esforço repetitivo (LER)
Resultado da falta de ergonomia no ambiente de trabalho, a LER é uma síndrome formada por um grupo de doenças inflamatórias, como tendinite, síndrome de túnel do carpo, epicondilite, e outras que atingem músculos, tendões e nervos, sobrecarregando o sistema musculoesquelético.
A LER provoca inflamação e dor, comprometendo a capacidade funcional da região acometida. Sua causa está ligada a mecanismos de agressão que variam entre esforços repetidos continuamente, força, postura inadequada e até estresse. Os conhecimentos da ergonomia têm-se mostrado muito úteis diante do tratamento e prevenção da LER.
Como evitar essas doenças
Os riscos ergonômicos podem comprometer a saúde do colaborador, resultando em prejuízos para seu desempenho, e prejudicando sua saúde e produtividade. Por esse motivo, a prevenção dos riscos com a implantação da ergonomia no ambiente de trabalho tornou-se mais que uma necessidade, ela é também uma exigência da legislação trabalhista.
A Norma Reguladora NR 17 foi criada devido ao grande número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Essa norma específica estabelece parâmetros que permitem adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos colaboradores, proporcionando conforto, segurança e melhor desempenho.
Como evitar as doenças ocupacionais
Dentre as soluções para evitar as doenças ocupacionais no espaço de trabalho, pode-se destacar atividades para melhorar a saúde física psicológica dos trabalhadores, como a ginástica laboral. Sem ela, a atuação da ergonomia no ambiente de trabalho é apenas parcial.
A ginástica laboral atua como aliada da ergonomia.
E então, ela contribui diretamente para que o colaborador tenha condições ideais para executar as suas tarefas no ambiente de trabalho.
Os exercícios melhoram a postura e capacitam o sistema muscular, aperfeiçoando o foco, a disposição e a socialização.
Qual o momento certo de procurar um médico
As regiões submetidas à sobrecarga de execução das atividades cotidianas, são também as mais afetadas e podem ser levadas à incapacidade laboral temporária e permanente.
A intensidade e quantidade de manifestação de sintomas varia conforme a patologia e a localização.
Portanto, não será possível tratar o motivo da doença se o indivíduo não for afastado da causa.
Um médico deve ser consultado para diagnosticar e desenvolver o tratamento correto.
Assim que os primeiros sintomas aparecerem, evitando que a situação se agrave.
Os sintomas comuns das doenças ocupacionais, são:
- Dor;
- Formigamento;
- Dormência;
- Sensação de pontadas;
- Diminuição da força muscular;
- Inchaço;
- Movimento limitado, e outros.
O início do tratamento pode acontecer com o afastamento do paciente de seu trabalho e atividades, como forma de prevenção, além de analgésicos, anti-inflamatórios e antidepressivos.
Médicos: como tratar doenças ligadas à ergonomia no ambiente de trabalho?
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