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Imunoterapia sublingual e seus impactos no tratamento médico

Imunoterapia sublingual e seus impactos no tratamento médico
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Imunoterapia sublingual e seus impactos no tratamento médico

A imunoterapia sublingual é um tratamento que vem apresentando respostas esperançosas e promissoras a quem possui alergia. Indicada para diversos quadros da doença, esse tratamento contribui para a melhora significativa da qualidade de vida de muitas pessoas.

Também conhecida como SLIT, a imunoterapia sublingual é um tipo de vacina oral, que pode ser administrada em casa. Além disso, esse tipo de tratamento atua para potencializar o processo de cura, ou interromper o avanço da doença.

O que é a imunoterapia sublingual?

O tratamento conhecido como imunoterapia pode ser compreendido como uma espécie de vacina de alergia. Também chamada imunoterapia específica contra alérgenos, a SLIT é utilizada há mais de um século.

Assim, o primeiro relato do uso desse tipo de terapia medicamentosa ocorreu em 1911, pelo médico imunologista Leonard Noon. Esse médico pertencia ao Departamento de Inoculação Terapêutica do Hospital St. Mary’s, de Londres.

Na ocasião, foi descrito que a vacina de alergia interrompeu sintomas induzidos por alérgenos. Nesse caso, a vacina utilizada por Noon foi a injeção subcutânea de um extrato de pólen.

Entretanto, as vacinas devem ser administradas em quantidades crescentes da substância que provoca a alergia (alérgeno) no paciente. Assim, existem duas formas diferentes de administrar as vacinas de alergia:

  • Subcutânea (por via injetável): a primeira delas é feita de maneira injetável no interior da pele humana. Esse tipo de vacina de alergia necessita que o paciente se desloque até o hospital, clínica ou consultório. Em seguida, a aplicação será realizada pelo médico alergista.
  • Sublingual (por gotas): a outra é realizada pingando gotas na parte inferior da língua, diaria ou semanalmente, preferencialmente pela manhã e em jejum. Nesse caso, há maior comodidade para o paciente. Afinal, ele não precisa ir até à clínica, já que a administração – por gotas ou comprimidos – ocorre na própria residência do paciente.

Em ambos os casos, o objetivo dos métodos é a obtenção da tolerância ao alérgeno. Mesmo assim, deve ser feito sob orientação médica. Ambas as vacinas são igualmente eficazes, tendo como única diferença o conforto que a imunoterapia sublingual oferece aos pacientes.

Como esse tratamento combate as doenças alérgicas?

As doenças alérgicas são mediadas pela imunoglobulina E (IgE). A imunoterapia com alérgeno utiliza os anticorpos IgG4 como um imunomodulador com atividade anti-inflamatória. Todo o procedimento acontece através de mecanismos de interação com antígeno e células.

Este tipo de tratamento opera no sentido de regular a produção de anticorpos no organismo do indivíduo acometido pela alergia. O procedimento diminui os anticorpos causadores de alergia (classe IgE) e aumentando os anticorpos IgG4

A ação das vacinas de alergia diminui as células inflamatórias que atuam na reação alérgica. Mediante a aplicação das vacinas, é possível observar a ocorrência gradual dos efeitos positivos, e uma redução gradativa dos sintomas.

A preparação dos extratos alergênicos ocorre em solução aquosa misturada à Glicerina bidestilada a 50%. Para a elaboração do medicamento, é utilizado o conservante fenol a 0,1%. Após preparada, a vacina deve ser mantida entre 2 e 8 °C, o que lhe garante um prazo de validade de 1 ano. 

A técnica utilizada para a administração da imunoterapia sublingual depende da sensibilidade de cada paciente. O mesmo vale para os intervalos de aplicação que, geralmente, podem ocorrer todos os dias ou até três vezes na semana.

Quando é indicado seu uso clínico

A prática médica lança mão da imunoterapia sublingual para o tratamento da hipersensibilidade a diversos alérgenos. No rol de relatos, são incluídos ácaros, polens de flores e árvores, pelos, além de veneno de insetos. E pode-se afirmar que a imunoterapia sublingual é apropriada para pacientes que sofrem de:

  • Rinite alérgica sazonal;
  • Rinite perene;
  • Asma alérgica;
  • Anafilaxia a veneno de insetos, como abelhas, vespas e formigas;
  • Alergia ocular, conhecida como conjuntivite alérgica;
  • Alergia de pele, como a Dermatite Atópica.

Ainda que existam procedimentos experimentais, não há nenhum tipo de indicação médica para urticária e alergia alimentar. Os estudos seguem tentando compreender a influência da vacina de alergia, sem nenhum resultado científico comprobatório.

Existem alguns pré-requisitos para que o tratamento com imunoterapia sublingual seja iniciado. O primeiro deles, como não poderia ser diferente, é a precisão e a assertividade do diagnóstico médico. Caso o diagnóstico permaneça impreciso, uma prova de provocação é indicada para alguns pacientes.

Para dar início ao tratamento, o procedimento deve analisar, primeiramente, o histórico clínico do paciente. Esse método permite relacionar o surgimento dos sintomas de alergia com a exposição ao extrato alergênico.

A verificação de resposta alérgica, tanto no sangue quanto na pele do paciente, é outro aspecto essencial a ser analisado. Esses cuidados são necessários para garantir que as condições clínicas do indivíduo encontrem-se estáveis. Isso é ainda mais importante nos pacientes asmáticos.

Em se tratando da idade do paciente, cada caso deve ser avaliado pelo profissional de saúde que conduz a ocorrência. O mesmo vale para quando há comorbidades no histórico clínico da pessoa.

A opção de médicos alergologistas pela Imunoterapia Sublingual

A opção de médicos alergologistas pela Imunoterapia Sublingual

Após as inúmeras verificações ao longo da história acerca dos episódios de sucesso, a Imunoterapia Sublingual tem cada vez mais adesão. Diversos profissionais de saúde estão optando por essa abordagem nos mais variados casos de alergia.

 As vacinas de alergia possuem uma eficácia muito grande para os pacientes. Somado a isso, o menor risco de reações apresentada pela imunoterapia sublingual, faz dela a preferência dos médicos.

A imunoterapia subcutânea apresenta risco de reações locais, figurando entre 0,7% a 4% das aplicações. Já no caso de reações sistêmicas, os níveis estão estabelecidos entre 0,06% e 1%. 

Em se tratando da imunoterapia sublingual, a taxa de reações ao tratamento é estimada em 2,7 por 1.000 doses. Enquanto isso, a frequência de reações sistêmicas é estimada em 0,05% das aplicações.

Entre os eventos adversos do tratamento sublingual, por gotas ou por comprimidos, estão incluídas reações locais na mucosa oral. Sintomas gastrintestinais, rinite e urticária aparecem como reações moderadas nos pacientes. Asma e anafilaxia surgem como reações sistêmicas do tratamento.

Os resultados positivos da imunoterapia sublingual tem animado médicos e a comunidade científica. Especialmente em se tratando da dermatite atópica, os eventos têm-se mostrado cada vez mais promissores.

Para a imunoterapia para ácaro, casos de rinite, conjuntivite e asma alérgica, aplicações de injeções subcutâneas já tinham boas respostas. Com a imunoterapia sublingual, os resultados positivos vão ao encontro de um tratamento com menos chance de causar efeitos adversos.

O uso de doses crescentes ao longo do tratamento, possibilitado pelo extrato em gotas, é outra vantagem da imunoterapia sublingual. Com a possibilidade de explorar dosagens não fixas, os resultados do tratamento podem ocorrer em menor tempo.

Curso de imunoterapia sublingual da Mediflix

Este é um tema que deve ser compreendido em sua máxima extensão por médicos e outros profissionais da saúde. Como é um tratamento que vem garantindo sucesso nas respostas, trata-se de uma opção importante para os pacientes.

Sendo assim, é imprescindível que alergistas, alergologistas e outros especialistas tenham conhecimento pleno sobre o assunto. Portanto, a Mediflix preparou o curso Imunoterapia Sublingual e Subcutânea com Extratos Padronizados.

Nesta palestra de cerca de 40 minutos, o professor Dr. Fábio F. M. Castro discorre os temas mais importantes da imunoterapia sublingual. Alguns dos temas abordados são: 

  • O que é a Imunoterapia? 
  • Como funciona o tratamento e as Indicações de uso;
  • Via Sublingual; 
  • Via Subcutânea; 
  • Benefícios do uso da Imunoterapia em crianças;
  • A Imunoterapia durante a gravidez; 
  • Extratos padronizados.

Assim, trata-se de uma imersão, que esclarece pontos fundamentais da imunoterapia sublingual e seu uso na medicina. Essa aula é destinada a médicos alergistas e imunologistas, além de clínicos gerais.

O professor deste curso, Fábio Castro, possui livre docência em Alergologia e Imunologia pela Faculdade de Medicina da USP. Também pela FMUSP, Castro possui o título de mestre em Alergia e Imunopatologia.

Além de especialista em Alergia e Imunologia pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia, ainda é doutor em Alergia pela Universität Heidelberg (Ruprecht-Karls), da Alemanha. Pela mesma universidade possui pós-doutorado em Alergia e Imunologia Clínica.

Já na atuação prática, o Dr. Castro supervisiona o Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas da USP. Também atua como docente da disciplina de Imunologia Clínica e Alergia, na Universidade de São Paulo. É ainda médico diretor da Clínica Croce, e diretor do Instituto de Medicina Avançada.

O curso, desenvolvido em parceria com a FDA Allergenic, já está disponível na Mediflix.

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