Diversos setores da vida e da economia têm sofrido alterações significativas por conta do aumento da inserção da tecnologia no dia-a-dia das pessoas, e a medicina do futuro é um resultado dessas transformações.

A medicina do futuro apresenta oito tendências que prometem modificar a forma como os profissionais de saúde atuam, bem como trazer profundas transformações para o paciente.

O que é medicina do futuro?

Quando falamos em medicina do futuro, trazemos à tona diversas mudanças que já estão sendo implementadas na saúde e, aos poucos, vêm ganhando novos espaços e adeptos.

Essas alterações podem trazer muitos benefícios à profissão, tanto para quem a exerce, quanto de quem dela se utiliza.

Os avanços tecnológicos promovem mais possibilidades de trabalho e atuação de médicos, enfermeiros e demais profissionais, e colabora na democratização do acesso à saúde, especialmente a pessoas privadas de receber um bom atendimento médico.

A medicina do futuro é aquela que se utiliza de ferramentas, recursos e equipamentos tecnológicos para otimizar todo o processo de atendimento ao paciente.

Do agendamento ao tratamento, passando pela consulta, retorno e até mesmo o pagamento, o paciente tem à disposição as mais diversas possibilidades tecnológicas na maior parte – senão em todas – as etapas pelas quais é necessário passar.

Entretanto, aparatos tecnológicos e processos inovadores são apenas meios para se alcançar a medicina do futuro.

O fim dela está alicerçado em trazer benefícios para quem dela se utiliza: pacientes e seus familiares.

A medicina do futuro coloca o paciente como foco de sua atuação, e trabalha com a prevenção de doenças e enfermidades, coleta e análise de dados para que, dessa forma, o médico possa fazer o acompanhamento mais próximo do paciente. 

Portanto, ela é preditiva, analítica e responsiva, já que a aproximação de médico e paciente inclui esse benefício.

E para que essas respostas apareçam e sejam eficazes no tratamento, diversos recursos tecnológicos que otimizam os processos podem ser utilizados por médicos, clínicas e hospitais.

Entre essas ferramentas, podemos citar:

• Telemedicina;
• Inteligência Artificial;
• Machine Learning;
• Internet das Coisas;
• Wearables;
• Cirurgia robótica;
• Genética molecular;
• Nanotecnologia.

Cada uma dessas opções possui diferenciais próprios, e trabalham para um determinado fim.

Ferramentas da medicina do futuro

Telemedicina

A medicina do futuro já é mais presente do que possamos imaginar. A telemedicina, utilizada há alguns anos em diversos países, teve sua aprovação ratificada pelo Conselho Federal de Medicina durante a pandemia do coronavírus.

Também fazem parte da telemedicina: a teleconsulta, o teleatendimento e o telediagnóstico.

A telemedicina garante a segurança dos médicos e dos pacientes, que não precisam se deslocar de casa ao consultório ou hospital para dar e receber atendimentos e consultas. 

Além da segurança, outros benefícios são observados com a chegada da telemedicina, entre eles: agilidade nos processos; democratização do acesso à saúde; e a possibilidade de um indivíduo se consultar com especialistas de várias partes do país, sem sair de casa.

Inteligência Artificial (IA)

Uma das tecnologias mais inovadoras e mais buscadas por todos os setores da indústria e da economia, a Inteligência Artificial ajuda na automação de processos, na agilização de respostas e interpretação de dados, e no acompanhamento dos resultados do paciente.

A IA pode ser utilizada para tarefas simples, como agendamento ou cancelamento de uma consulta, até as mais complexas, como tratamento de doenças, verificação da literatura científica e análise de dados genéticos e clínicos do paciente.

Além disso, a IA também pode fazer a associação de sintomas do paciente e possibilitar ao médico maior precisão nos resultados dos exames.

Portanto, a Inteligência Artificial é uma inovadora e real possibilidade que já está sendo implementada em muitos consultórios, clínicas e hospitais espalhados por todo o planeta.

Machine Learning

Assim como a Inteligência Artificial, o Machine Learning (ou Aprendizado de Máquinas) também é uma técnica de deep learning.

O objetivo dessa tecnologia é levar maior precisão a diagnósticos, já que garante uma avaliação mais precisa e refinada que um ser humano.

Entre as possibilidades de uso do Machine Learning na medicina do futuro, estão: reconhecimento de imagens, decisão em tempo real, aquisição de conhecimento e segmentação de clientes.

Internet das Coisas (IoT)

Internet Of Thing (ou Internet das Coisas) é uma tecnologia de ponta que promete profundas inovações e transformações para vários setores, incluindo a saúde.

A IoT na medicina do futuro pode ser utilizada para a coleta e interpretação de dados, monitoramento contínuo do paciente, utilização da nuvem para armazenamento e compartilhamento de dados e informações, entre outras possibilidades.

Wearables

A IoT permite o uso dos wearables, (ou equipamentos vestíveis), que são gadgets utilizados pelo paciente para o monitoramento durante um tratamento.

Wearables vem sendo utilizados há anos, e podem ser encontrados nos mais diversos ramos da medicina, como: cardiologia, oftalmologia e medicina esportiva.

Relógios com marcação de consumos energético e calórico e palmilhas que transmitem informações sobre a pisada de um indivíduo são exemplos de equipamentos vestíveis.

Estes equipamentos são conectados à nuvem e transmitem informações em tempo real à central, onde a equipe médica pode realizar o acompanhamento do paciente com maior precisão.

Cirurgia robótica

O uso de robôs que auxiliam cirurgiões em procedimentos médicos minimamente invasivos vem se consolidando cada vez mais.

A cirurgia robótica é muito utilizada em algumas especialidades médicas, como urologia, ginecologia e cirurgia bariátrica, e tem se tornado padrão nessas áreas.

Com o auxílio de uma câmera 3D de alta definição, um braço mecânico e um joystick, o médico-cirurgião pode realizar procedimentos cirúrgicos com extrema precisão e segurança.

Os braços mecânicos do robô dão maior liberdade ao médico, já que eles se movimentam em diversos ângulos, até 360º, ou seja, uma maneira bem mais eficiente que os próprios punhos do médico.

Genética molecular

A genética molecular é uma área da medicina do futuro que vem ganhando mais espaço por trazer inovações a um setor repleto de paradigmas.

Essa técnica permite analisar alterações no DNA e no RNA de um paciente, auxiliando na determinação da ocorrência de um quadro clínico.

Em franca expansão, a genética molecular está sendo utilizada para a verificação de diversas condições clínicas que podem ser diagnosticadas por meio dela.

Nanotecnologia

Outra tendência para a medicina do futuro, a nanotecnologia se fundamenta na compreensão e manipulação da matéria em nanoescala, e nas escalas atômica e molecular.

A nanotecnologia pode ser aplicada na medicina como uma forma de otimizar o diagnóstico e fazer o acompanhamento do histórico do paciente. Também é possível aplicá-la em operações e intervenções minimamente invasivas no corpo humano.

Outro importante propósito dessa tecnologia é a criação de nanorobôs que interajam com sistemas biológicos, com o intuito de reverter quadros complexos no organismo, como nos casos de infecção sanguínea.

A melhoria da qualidade de exames de imagem também pode ser garantida pela nanotecnologia.

Medicina do futuro e o médico do futuro

Mas não só de tecnologia se faz a medicina do futuro. Antes, é necessário que os profissionais estejam preparados e capacitados para fazerem parte das transformações de forma ativa com os aparatos tecnológicos.

A medicina do futuro é aquela que se propõe a estar cada vez mais perto do paciente, e colocar nele o foco de seus esforços e da atuação médica.

Muitas tarefas que hoje são feitas por médicos podem ser automatizadas, gerando, desta forma, resultados mais precisos e rápidos, e liberando o profissional para as atividades mais complexas da medicina, impossíveis a um robô.

Sendo assim, o trabalho do profissional de saúde é consideravelmente transformado, dando a ele mais possibilidades de estar junto de seu paciente.

E as mudanças também devem alcançar as instituições de ensino de saúde, que precisam trabalhar cada dia mais a medicina do futuro, levando em consideração essas e outras tendências que o futuro nos apresenta.

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