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O aumento da sepse no Brasil e seus perigos

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Atendimento Médico

O aumento da sepse no Brasil e seus perigos

Você já sabia que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano, e incapacita outros milhões? Muitos desses casos são de crianças e idosos. A Global Sepsis Alliance (GSA) instituiu setembro como o dedicado à doença, chamando atenção para os riscos desta infecção tão perigosa.

No Brasil, estima-se que ocorram 240 mil mortes ao ano em decorrência de um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Aliás, a chegada da pandemia causada pela Covid-1 ajudou o aumento da sepse nos hospitais.

Por este motivo, vamos te mostrar alguns dados interessantes, além de cuidados que precisam ser tomados na área da saúde. Também, debateremos como o assunto pode conscientizar a sociedade sobre as medidas necessárias que podem garantir sua prevenção. Siga conosco e confira!

O que é sepse?

A sepse é a reação acentuada do organismo a uma infecção, o que prejudica o próprio funcionamento de seus tecidos e órgãos, podendo ser fatal, caso não seja identificada e tratada rapidamente. Tempos atrás, a sepse era conhecida como infecção generalizada.

A maioria das infecções, como pneumonias ou infecções urinárias, podem evoluir para sepse se não forem identificadas rapidamente e tratadas de forma adequada.

Aumento da sepse no Brasil

O aumento da sepse no Brasil tem sido cada vez mais acentuado. O país apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo. São 670 mil casos por ano, sendo que 50% acabam em morte, segundo o Ilas.

Em 2017, a OMS reconheceu a sepse como um problema de saúde mundial, com 31 milhões de casos por ano e mais de 6 milhões de mortes. Países-membros, entre eles o Brasil, foram convocados a desenvolver melhorias de prevenção, diagnóstico e tratamento.

A maioria dos casos se concentra em países de baixa e média renda (85%), sendo que as crianças são as mais afetadas, representando 40% dos casos (2,9 milhões  de mortes anualmente). Nas UTIs, 50% dos casos de sepse são devidos a infecções adquiridas nas instituições de saúde, levando à óbito pelo menos 42% destes pacientes.  

O aumento da sepse no Brasil é significativo e está ligado a fatores como, por exemplo, o envelhecimento populacional. Com maior número de pessoas com doenças crônicas mais suscetíveis a infecções, maior o risco do surgimento da sepse.

Etapas da evolução da sepse

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Os profissionais da saúde que trabalham em hospitais ou em clínicas devem estar sempre atentos aos sinais que a sepse dá quando está evoluindo. Confira abaixo.

1. Infecção

Tudo começa com a infecção causada por um microorganismo. É importante que já nos primeiros sintomas seja identificado o causador da doença, para que ocorra um tratamento eficaz. Neste estágio, as chances de vida ainda são grandes.

É importante saber que toda sepse começa com uma infecção, mas nem toda infecção vai evoluir para uma sepse.

2. Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)

É uma resposta clínica resultante de uma agressão ao organismo não-especificada. A presença de pelo menos dois desses sintomas já é um indicativo de sepse:

  • Temperatura acima de 38,6℃ ou abaixo de 36℃;
  • Frequência respiratória acima de 20 rpm;
  • Leucócitos acima de 12 mil ou abaixo de 4 mil.

3. Sepse

Acontece quando a SRIS com o foco infeccioso é confirmada ou suspeita. Começa a corrida contra o tempo, sendo recomendado que o paciente seja internado na UTI para o início dos cuidados.

A realização do diagnóstico molecular neste estágio é bem importante, pois vai auxiliar a equipe médica a saber qual é o agente causador da infecção. Assim, é possível realizar um tratamento mais específico e evitar que o paciente passe para os próximos estágios.

4. Sepse grave

Este é um estágio delicado, em que o organismo já apresentou uma resposta exagerada à infecção atacando até mesmo órgãos que antes estavam saudáveis. O paciente pode começar a apresentar falência de órgãos como fígado, rins, pulmão ou do sistema nervoso central.

5. Choque séptico

O agravamento acontece com a insuficiência circulatória (hipotensão refratária) com obstrução dos vasos, inviabilizando a aplicação de soro ou qualquer outro medicamento. Quando o paciente atinge esta etapa, não há outro desfecho senão a morte.

Como fazer o diagnóstico?

É comprovado também que o aumento da sepse no Brasil é muito ligado aos hospitais públicos. O que pode explicar isso? Os nossos cuidados para que este problema não se espalhe e atinja os pacientes devem ser sempre dobrados e nem sempre isso é possível nesses hospitais.

Em clínicas ou hospitais particulares, há casos, porém com menos frequência. E um dos pontos mais importantes para evitar o aumento da sepse é o diagnóstico rápido. Veja abaixo como funciona.

Assim que o paciente é internado na UTI, são coletadas amostras de sangue para procedimentos laboratoriais. Tradicionalmente, é solicitada a hemocultura para identificação do patógeno, que leva em média 72 horas. Contudo, em alguns casos pode levar até 7 dias para identificação completa.

Uma forma mais avançada de auxiliar o paciente é por meio do teste molecular, que faz a detecção do material genético do patógeno com um resultado preciso em até 24 horas. Assim, o paciente tem mais chances de receber o tratamento adequado e recuperar-se.

Prevenção e tratamentos

A cura da sepse está diretamente ligada ao status clínico do paciente e a expertise da equipe médica de atuação no caso. “É necessário que os profissionais tenham sensibilidade na detecção precoce dos sinais no paciente para uma rápida atuação”, alerta a Dra. Niedja Curti, gerente Médica do Hospital Municipal Evandro Freire/CER-Ilha, em entrevista ao Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam).

Além disso, a disseminação de informação é fundamental para conscientizar os profissionais de saúde e a população sobre os riscos da sepse e sua gravidade.

A melhor forma de prevenir a Sepse é evitar as infecções que podem dar origem a essa doença. Medidas simples, como respeitar o calendário de vacinação das crianças, utilizar instalações sanitárias limpas, ingerir somente água potável e realizar partos em condições de higiene adequadas podem ajudar a prevenir a Sepse.

Além disso, você pode trabalhar na sua clínica ou no hospital onde trabalha alguns pontos importantes que podem prevenir. Confira:

  • Educação continuada de todas as equipes;
  • Prescrição de antibióticos de espectro apropriado;
  • Trabalhos interdisciplinares que visam melhorar a condição de saúde geral do paciente e reduzir a contaminação do ambiente;
  • Cuidados rígidos com a higienização de todo o hospital. Espaços que acabaram de ser desocupados devem passar por uma completa e rigorosa esterilização;
  • Cuidados rígidos com a higiene pessoal de pacientes, familiares e profissionais, para evitar que se contaminem uns aos outros.

Sintomas

Os sintomas de quadro sugestivo de sepse incluem: febre, taquicardia, dificuldade para respirar, hipotensão e alterações funcionais de órgãos, associados a um quadro de infecção, comumente pulmonar, urinária, abdominal ou de pele. 

As medidas de prevenção e redução da mortalidade englobam: infraestrutura adequada de saúde, vacinação segura e efetiva — sendo que no Brasil tem o Programa Nacional de Imunizações (P.N.I.) —, além de condições de saúde, saneamento básico e prevenção das infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS). Outro ponto importante é a prevenção e tratamento das doenças crônicas, tais como diabetes, cardiopatias e doenças pulmonares.

A Sepse pode ser bastante difícil de identificar. Seus sintomas são comuns a várias outras doenças. Muitos pacientes com sintomas de Sepse não procuram ajuda médica por pensarem que estão com algum outro problema. Eles são encaminhados para os hospitais apenas em situações graves, quando o quadro torna-se difícil de reverter e os riscos de morte são muito altos.

Caso a doença seja identificada, ela deve ser tratada o mais rápido possível. Somente o médico poderá avaliar a situação e prescrever o tratamento mais adequado, com os antibióticos corretos para a situação.

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